segunda-feira, 23 de junho de 2014

Flôr do maracujá


Terça desta semana passei, à noite, na frente de um pé de maracujá. Estava florido, mas suas flores estavam murchas, porque era noite e o natural desta flor é que se guarde para abrir com a luz.
A flor me chamou atenção. Em primeiro lugar porque amo tudo o que é da natureza, obra prima do meu Pai! E em segundo lugar, porque aquela é uma flor particularmente bonita que traz recordações da infância. Sem falar no seu cheiro que é maravilhoso.
Tenho o hábito de fotografar aquilo que acho bonito ou que me chama a atenção por ser diferente, ou interessante. E naquele momento a imagem da flor precisava ser capturada. Mas por causa de algumas amigas que impacientemente já foram dizendo que eu iria “de novo parar” para fotografar! (Já tinha fotografado um sapo, uns 30 minutos antes), resolvi deixar passar.
Mas havia algo em torno do fato da flor estar em meu caminho, e não a esqueci. Na quarta, acontecimentos inesperados fizeram com que meu percurso fosse alterado e cheguei ao trabalho por um caminho que me favorecia a fazer um breve desvio para passar pelo pé de maracujá. E claro, segui a orientação de meu coração. Acebei por tirar lindas fotos. Mostrei as fotos a todos que encontrei (gosto de compartilhar coisas bonitas) e finalmente publiquei-as no facebook com a seguinte frase “Sempre tem um recado de Deus em nosso caminho se tivermos atentos para ouvir! ”
O motivo porque achei que estava escrevendo aquilo foi por me sentir agraciada por Deus, de ter tido a oportunidade de receber aquele presente. A flor estava ali, todos passando, ninguém a notava, e de repente ela salta à minha vista, e me chama a atenção. “Ganhei uma flor de Deus! ”, este foi meu pensamento. E fui lá colhê-la. Não a arrancando, mas capturando-a para sempre como imagem, cheirando-a e admirando-a sem pressa. Me senti feliz, meu coração se encheu de alegria. As coisas simples são sinceras em nos fazer felizes. É apenas aquilo, é ali e pronto. Toda a beleza do “simples” fica a cargo dos olhos de quem o consegue enxergar!  Enxergar o milagre de uma flor, aí reside a sua beleza.
Passei o dia bem. E estava convencida de que tinha acertado em dizer que tinha recebido o recado de Deus. Mas, uma inquietação surgiu em torno destas flores, a tal ponto que deixou-me em sintonia por mais um dia, e não aguentando mais pensar sobre isso, resolvi despejar aqui tudo aquilo que quer sair!
Cheguei no meu trabalho, e ao mostrar uma das fotos a um colega, ele falou: “Nossa, não tem nenhuma possibilidade dela não ser polinizada!”
BUMMM! Aquilo foi na minha alma! Depois que ele falou, vi o momento em que tirei a foto, uma abelha se recusava a afastar-se, eu aproximava a câmera, ela afastava um pouco, eu tirava a câmera, ela voltava quase que imediatamente, ficava esperando espaço. E isso aconteceu duas ou três vezes. Aquela flor, de cheiro totalmente irresistível, completamente aberta à visitação! Totalmente entregue ao mundo, sem pudor, sem reservas! Aquela abelha atraída sedenta pelo que via! Que coisa incrível. Deus estava falando... dando seu recado. E era mais do que eu imaginava.
Deus começou a ministrar meu coração. Ele disse que é como eu preciso ser, como esta flor.
Eu fico fazendo imagens em minha mente de qual foi a cara que meu espírito fez para o Senhor, quando Ele falou isso! Espanto? Uma cara assim de pasma! Sem demora, fui ler sobre o maracujá, sobre a flor, a polinização. E descobri muitas coisas interessantes. Eu precisava entender o que Deus queria me dizer com aquilo!
Em primeiro lugar, como já disse, a flor não abre a noite. Só se abre para a luz, durante o dia e enquanto a luz durar. Pois a noite não há abelhas acordadas para a polinizar, então não é necessário gastar energia com a noite, nem é aconselhável se expor. Então a noite, a flor não cheira. Não exala perfume, fica quieta.
Assim, os filhos de Deus, como flores no jardim daquele que é a Luz, devem se abrir apenas para a luz. Nunca gastar energia se expondo para a escuridão, nunca oferecer seu perfume para a noite. Não devemos nos expor para os perigos da noite. Os seres da noite que serão atraídos pelo nosso perfume não serão abelhas e não virão para polinizar, mas para destruir.
A flor só é polinizada com pólen de outras flores, e não pode ser flores da mesma planta, mas de outras, caso contrário dá incompatibilidade. Então, na polinização natural, uma abelha se enche de pólen quando vem tirar o néctar e tem que voar para outras plantas para polinizar outras flores. A flor aberta exala o perfume que atrai a abelha e doa a esta seu néctar, com isso, tem uma chance de 13% (dados da EMBRAPA) de conseguir ser polinizada. Não há garantias de conseguir! Mas o néctar tem que ser doado. As abelhas veem usufruir da benção que derrama daquela flor. Mas o fruto só nasce se houver esta entrega, se houver abelha. Uma entrega sem garantias. E nós, flores de Deus, precisamos exalar o bom perfume para atrair as pessoas que precisam da Sua unção. Precisamos doar, sem pensar em troca, simplesmente precisamos nos doar, abrir o coração para o derramar da unção de Deus na vida de outras pessoas. O perfume inigualável daquela flor, só podia ser o perfume de Deus. A beleza e o aroma atraem os sentidos!
Mas nem todos são abelhas, muitos passarão com seus olhos ocupados, suas narinas insufladas de muitos cheiros, e suas cabeças cheias de preocupações. Não verão as flores. Não sentirão perfume. Ou não se quedarão pela beleza.
É assim com os que exalam o cheiro de Deus. Nem sempre são percebidos. Olhos não veem, ouvidos não ouvem, narinas não sentem. Outros precisam do néctar, usufruem da unção e vão embora. Mas a flor fica, abrindo-se e fechando, qual sua recompensa? Um dia, o milagre acontece, e por ter se doado, pela entrega, nasce o fruto, fruto da paz, fruto que traz calma, que relaxa. O fruto do Espírito Santo. Sua vida é dedicada a gerar este fruto. Não depende dela, muitos fatores devem convergir para isso, mas sua atitude inicia o processo através da doação.
O fruto nasce. Um fruto ácido e doce ao mesmo tempo. Forte e suave. Como a Palavra de Deus.

O interessante desse momento, é o fato daquela planta estar ali. No meio de um lugar de salas de aulas. Num jardim, projetado com árvores decorativas. Não se sabe como nasceu, como conseguiu crescer. Talvez uma semente trazida pelo vento, por um pássaro. O fato é que nasceu solitária. Não há outros por perto. Como esperar ser polinizada? Por que florescer? Seriam questões dos homens de pouca fé. Mas os homens “flores de maracujá”, simplesmente florescem, se abrem se doam! Todo resto não é da responsabilidade deles. A razão deve ser ignorada! Se há outras flores?, ou se nascerá o fruto? Isto é para Deus. Pensar no porquê, no benefício, na possibilidade... são coisas que não existem nas flores. Se forem bonitas demais, alguém pode arrancá-las! Mas não serão nem um pouco menos bonita por causa disso! A essência de ser flor é a única coisa que importa. O ambiente não é considerado! Nascer, viver, florescer, doar, frutificar! 

José e o sonho de Potifar

José e os sonhos de Potifar
Gn 40, 41
A narração é sobre como José foi usado para a interpretação dos sonhos de dois servos do rei. José interpreta o sonho do copeiro chefe, e vendo José que o mesmo vai estar constantemente na presença do rei, pede que o copeiro se lembre dele, para que ele seja liberto daquele cativeiro. Mas o copeiro, assim que é reintegrado à presença do rei, esquece completamente de José. E apenas dois anos após, José é lembrado pelo copeiro, quando o rei está necessitando de uma interpretação de seu sonho.
Gn40.1   Passadas estas coisas, aconteceu que o mordomo do rei do Egito e o padeiro ofenderam o seu senhor, o rei do Egito. 2   Indignou-se Faraó contra os seus dois oficiais, o copeiro-chefe e o padeiro-chefe. 3   E mandou detê-los na casa do comandante da guarda, no cárcere onde José estava preso. 4   O comandante da guarda pô-los a cargo de José, para que os servisse; e por algum tempo estiveram na prisão.
O plano de Deus começou com a providência de levar alguém próximo de faraó, para ir conhecer José.
A palavra de Deus diz que não há lugar em que o homem possa estar oculto de Deus. Mesmo que alguém ache que está abandonado, que está no fundo do poço, o Senhor está movendo céus e terra em favor de seus filhos.
Sm139.7-15 “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa. Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe.  Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.”

Mas muitas vezes não conseguimos enxergar o agir de Deus pois sua obra é preparada no silêncio. Em 1 Rs 6.7, a palavra nos ensina que o Senhor edifica a nossa casa sem que ninguém perceba.
“1Rs 6.7   Edificava-se a casa com pedras já preparadas nas pedreiras, de maneira que nem martelo, nem machado, nem instrumento algum de ferro se ouviu na casa quando a edificavam”
As pedras são lapidadas longe de nós, não ouvimos o barulho da lapidação, e quando estão prontas, as pedras são enviadas para levantar nosso templo.
O rei poderia dar um decreto de morte aos dois, mas em vez disso, os enviou ao cárcere, para esperarem um julgamento. Deus enviou dois representantes do rei para ter com José. Deus queria apresentar ao copeiro seu servo, queria mostrar que Ele estava com José. Se ninguém tivesse ido lá, como José chegaria perto do rei? Quem levaria a notícia de que havia um homem de Deus no cárcere? Quem convenceria o rei que seu futuro administrador de confiança e o instrumento de Deus que levaria o povo a se livrar da fome e da morte, era aquele ninguém que só tinha em seu currículo uma ameaça de traição contra Potifar? Mas para subir, José não dependia do currículo do homem, ele tinha que ter um currículo com Deus. E Deus o estava graduando, no silêncio. Nem mesmo José entendia o que estava sendo operado por Deus em sua vida. E o Senhor usa aqueles dois serviçais do rei.
Gn 40.5   E ambos sonharam, cada um o seu sonho, na mesma noite; cada sonho com a sua própria significação, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que se achavam encarcerados. 6   Vindo José, pela manhã, viu-os, e eis que estavam turbados. 7   Então, perguntou aos oficiais de Faraó, que com ele estavam no cárcere da casa do seu senhor: Por que tendes, hoje, triste o semblante? 8   Eles responderam: Tivemos um sonho, e não há quem o possa interpretar. Disse-lhes José: Porventura, não pertencem a Deus as interpretações? Contai-me o sonho.
José não sabia o que Deus tinha preparado. Faraó teria um sonho mais tarde. O sonho de Faraó já estava preparado. A Palavra de Deus nos garante que tudo está no controle de Deus, e nenhuma folha cai sem que seja da vontade dele. O sonho do rei estava esperando, tinha data para acontecer, o sonho do rei seria a chave para José ser governador de todo o Egito. As pedras estavam sendo lapidadas!
“Ei... Moisés!!!! Teu ministério já está sendo construído!!!! O sonho de faraó também é uma pedra do teu templo!”
José é especialista em sonhos, é seu dom. Desde de pequeno que ele mesmo tem sonhos. Os dois serviçais não poderiam ter adoecido, ou se acidentado, ou qualquer outro problema, porque Faraó precisava de um interpretador de sonhos e não de um curandeiro! Então os dois sonharam! E José prontamente se ofereceu para interpretar lhes os sonhos. José não se ofereceu dizendo que era ele quem sabia interpretar, ele glorificou o nome de Deus: “A Deus pertencem as interpretações!”.
G40.9   Então, o copeiro-chefe contou o seu sonho a José e lhe disse: Em meu sonho havia uma videira perante mim. 10   E, na videira, três ramos; ao brotar a vide, havia flores, e seus cachos produziam uvas maduras. 11   O copo de Faraó estava na minha mão; tomei as uvas, e as espremi no copo de Faraó, e o dei na própria mão de Faraó. 12   Então, lhe disse José: Esta é a sua interpretação: os três ramos são três dias; 13   dentro ainda de três dias, Faraó te reabilitará e te reintegrará no teu cargo, e tu lhe darás o copo na própria mão dele, segundo o costume antigo, quando lhe eras copeiro. 14   Porém lembra-te de mim, quando tudo te correr bem; e rogo-te que sejas bondoso para comigo, e faças menção de mim a Faraó, e me faças sair desta casa; 15   porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e, aqui, nada fiz, para que me pusessem nesta masmorra.
José interpreta o sonho do copeiro, e vê uma oportunidade de se beneficiar com aquilo. Pois como o copeiro iria voltar a ter contato pessoal com o rei, teria grande oportunidade de interceder a favor de sua soltura. José se sentia magoado, já tinha passado por muitas lutas e sofria, pois um dia sonhou que seria um sol, rodeado de planetas e até agora, apenas tinha sido uma poeira do chão que todos pisam. Seu coração estava angustiado, se sentia injustiçado.
Quantas vezes sentimos que somos injustiçados? As vezes nos voltamos pra Deus e perguntamos porquê? A dor e a decepção enfraquecem nossa fé de que Deus opera em favor de nós. E quando a situação aperta, muitos procuram resolver usando dos recursos humanos.
E José, em sua angústia, resolve dar um passo à frente de Deus. Pede que o copeiro o ajude.
Gn40.16   Vendo o padeiro-chefe que a interpretação era boa, disse a José: Eu também sonhei, e eis que três cestos de pão alvo me estavam sobre a cabeça; 17   e no cesto mais alto havia de todos os manjares de Faraó, arte de padeiro; e as aves os comiam do cesto na minha cabeça. 18   Então, lhe disse José: A interpretação é esta: os três cestos são três dias; 19   dentro ainda de três dias, Faraó te tirará fora a cabeça e te pendurará num madeiro, e as aves te comerão as carnes.
Não havia como pedir que o padeiro retribuísse seu favor, José apenas falou aquilo que Deus revelou. No futuro, a desgraça daquele padeiro foi lembrada pelo copeiro. Muitas vezes o povo descrente acha que um milagre de Deus, uma profecia cumprida, é apenas coincidência. Mas o copeiro viu as duas profecias acontecendo. José acertou duas vezes e com precisão! Isso ficaria marcado no coração do copeiro.
Gn40.20   No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de Faraó, deu este um banquete a todos os seus servos; e, no meio destes, reabilitou o copeiro-chefe e condenou o padeiro-chefe. 21   Ao copeiro-chefe reintegrou no seu cargo, no qual dava o copo na mão de Faraó; 22   mas ao padeiro-chefe enforcou, como José havia interpretado. 23   O copeiro-chefe, todavia, não se lembrou de José, porém dele se esqueceu.
E como foi interpretado por José, assim aconteceu. Mas o que não aconteceu foi o sucesso do plano de José. José não foi lembrado! O copeiro o esqueceu completamente. O fato do esquecimento, é intrigante, pois aquele copeiro este sendo cuidado por José, nos três dias que antecederam sua restauração! Ele deve ter se alimentado com a promessa feita por Deus através de José. Assim como o padeiro, deve ter se consumido com a preocupação de que José estivesse certo, o copeiro, só tinha esta esperança com que se agarrar. Foram três dias de ansiedade e espera, e José estava ali, os servindo de dia e de noite. No dia em que foram chamados para o julgamento, José estava com eles. Talvez José tenha que ter executado algum procedimento como abrir uma cela, avisar para eles que era chegada a hora... em fim... é possível que a última pessoa que viram antes do julgamento, tenha sido José. E em menos de um dia, o copeiro esqueceu completamente de tudo aquilo que viveu nos últimos 3 dias!
O homem não lembra dos filhos de Deus para os beneficiar, a não ser que seja da vontade de Deus. Deus opera no coração dos ímpios para abençoar os justos. Mas não é quando nós queremos, é quando chegar o tempo de Deus. Temos que aprender a esperar e depender de Deus e não esperar os homens! José achou que podia decidir sobre seu destino. Mas não era a hora certa. Pois se José saísse naquele momento, ele sairia como servo! Ou talvez fosse liberto e acabasse voltando para sua casa! E Deus não permitiria que José atrapalhasse a obra que tinha para sua vida. De forma silenciosa, Deus continuou seu plano, fechou a mente do copeiro para tudo o que tinha acontecido naqueles três dias! Ele não tinham permissão de lembrar de José ainda! Faltava o sonho de Faraó! José tinha que aprender a esperar! Faltava ainda um pouco.
Salomão em Eclesiastes diz que o filho de Deus não é lembrado pelos homens. E diz que o homem não consegue prêmios com sua própria força. Tudo só acontece no tempo de Deus:
Ec 9.11   Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo e do acaso. 12   Pois o homem não sabe a sua hora. Como os peixes que se apanham com a rede traiçoeira e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enredam também os filhos dos homens no tempo da calamidade, quando cai de repente sobre eles.
13   Também vi este exemplo de sabedoria debaixo do sol, que foi para mim grande. 14   Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, sitiou-a e levantou contra ela grandes baluartes. 15   Encontrou-se nela um homem pobre, porém sábio, que a livrou pela sua sabedoria; contudo, ninguém se lembrou mais daquele pobre. 16   Então, disse eu: melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre é desprezada, e as suas palavras não são ouvidas.

Muitas vezes, fazemos coisas que pensamos que vai nos levar a um outro patamar, servimos a Deus, e pensamos que aquilo vai nos libertar e nos dar o que precisamos para sair de nossa tribulação. Mas aquela ação, é apenas uma chave para abrir o melhor de Deus que está guardado para o tempo certo! O tempo em que estaremos preparados para receber a benção muito maior do que esperamos!
E o tempo de José chegou. Deus liberou o sonho de Faraó. Os sonhos de Deus nos marcam o espírito e acordamos perturbadas. E foi assim com Faraó.
Gn 41.1   Passados dois anos completos, Faraó teve um sonho. Parecia-lhe achar-se ele de pé junto ao Nilo... 8   De manhã, achando-se ele de espírito perturbado, mandou chamar todos os magos do Egito e todos os seus sábios e lhes contou os sonhos; mas ninguém havia que lhos interpretasse.
Toda a erudição do Egito foi chamada para interpretar o sonho de Faraó. Mas nenhum conseguiu porque aquela chave era de José! A porta foi aberta para ele, nenhum outro entraria por ela!
E Deus tirou a venda da mente do copeiro. Ele lembrou de José! Se fosse um crente com comunhão com Deus, talvez tivesse dito assim: “Há!!! Agora entendi TUDO!!! O mistério da minha prisão! Eu fui usado por Deus para honra e glória de seu povo!”
Gn 41.9   Então, disse a Faraó o copeiro-chefe: Lembro-me hoje das minhas ofensas. 10   Estando Faraó mui indignado contra os seus servos e pondo-me sob prisão na casa do comandante da guarda, a mim e ao padeiro-chefe, 11   tivemos um sonho na mesma noite, eu e ele; sonhamos, e cada sonho com a sua própria significação. 12   Achava-se conosco um jovem hebreu, servo do comandante da guarda; contamos-lhe os nossos sonhos, e ele no-los interpretou, a cada um segundo o seu sonho. 13   E como nos interpretou, assim mesmo se deu: eu fui restituído ao meu cargo, o outro foi enforcado.
Aqui o copeiro lembra do padeiro e relata a precisão da interpretação. Tudo estava gravado em seu coração para o momento certo.
Gn 41.14   Então, Faraó mandou chamar a José, e o fizeram sair à pressa da masmorra; ele se barbeou, mudou de roupa e foi apresentar-se a Faraó.
José se preparou para receber sua chave das mãos de Deus. Ele não se apresentou como preso, mas com aspecto nobre. Ele se barbeou segundo o costume egípcio. Já estava pronto para receber sua coroa da vitória. O fato de José se barbear, mostra a atitude aberta de sua mente. Pois os Hebreus presavam por suas barbas. Mas não seria a barba que impediria José de realizar o sonho de Deus em sua vida. José não deixou a tradição anular a benção!
Gn41.15   Este lhe disse: Tive um sonho, e não há quem o interprete. Ouvi dizer, porém, a teu respeito que, quando ouves um sonho, podes interpretá-lo. Faraó submeteu José a uma prova de sua vaidade. Publicamente, declarou que sabia que José tinha capacidade de interpretar sonhos. Ali, José poderia ter perdido sua benção e com ele todos os descendentes de Israel seriam prejudicados! Bastava o orgulho se levantar e se aproveitar daquela cena de reconhecimento público. Mas Deus conhecia o coração de José, e ele foi escolhido por que tinha as características certas para o cargo! Outro em seu lugar, depois de tantas décadas de humilhação, escravidão, e abandono, poderia abrir sua boca e se vangloriar que tinha o dom! Mas José mais uma vez glorificou a Deus! “Não sou eu! Longe disso ser meu! Deus é quem está no comando!” Mas ao mesmo tempo, José já tinha percebido a situação espiritual. Ele sentiu o agir de Deus, Ele viu tudo aquilo cuidadosamente organizado para ele! Ele talvez tenha lembrado dos sonhos que Deus o deu! Talvez ele tenha entendido toda a jornada por que ele passou até chegar àquele momento! A revelação tinha chegado ao coração de José! Ele sabia que seu Deus estava no controle! Aquela sala estava lotada de gente importante. Todos os oficiais! Potifar, que o colocou na prisão estava ali com certeza! (Gn41.37). E José tinha certeza de que Deus responderia ao rei!
Gn41.16   Respondeu-lhe José: Não está isso em mim; mas Deus dará resposta favorável a Faraó.
Naquele momento, talvez José já tivesse a revelação do sonho! Não precisaria nem que Faraó o contasse. Deus poderia derramar a revelação no meio de todos. José estava ali, irradiando a presença e autoridade de Deus! Mas para que todos fossem convencidos, Faraó teve que contar seu sonho mais uma vez. Jesus também falava para que a multidão cresse em Deus:
João 11.42   Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.
Então Faraó contou seus sonhos. José o interpretou. A interpretação foi boa e ruim. Quando José interpretou sobre abundância os corações devem ter se fartado de alegria, mas logo depois, José fala de fome, uma fome tão intensa que faria toda a alegria ser eliminada e esquecida!
Gn41.28   Esta é a palavra, como acabo de dizer a Faraó, que Deus manifestou a Faraó que ele há de fazer. 29   Eis aí vêm sete anos de grande abundância por toda a terra do Egito. 30   Seguir-se-ão sete anos de fome, e toda aquela abundância será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra;
A interpretação de José compromete o futuro de toda nação! Mas ninguém levantou a voz para o contestar! Ninguém pensou em questionar que ali estava apenas um escravo Hebreu com um currículo de traidor de Potifar! Porque? Porque todos acreditaram? Deus estava presente com a chave da benção de José em suas mãos! Jesus estava ali abrindo a porta para José! E a revelação foi testificada por cada coração ali presente! O peso da presença de Deus tomou conta do lugar! A presença de Deus vestiu José com a túnica espiritual de autoridade e poder que tinha sido anunciada, pela atitude de seu pai, há muitos anos atrás! Ali José recebeu sua verdadeira túnica, dada por Deus. E vestido assim, colocando de lado seu aspecto de servo Hebreu, abriu sua boca ousadamente e deu a estratégia de Deus para que o Egito passasse pelos tempos que viriam sem sofrer danos!
Gn41.33   Agora, pois, escolha Faraó um homem ajuizado e sábio e o ponha sobre a terra do Egito. 34   Faça isso Faraó, e ponha administradores sobre a terra, e tome a quinta parte dos frutos da terra do Egito nos sete anos de fartura. 35   Ajuntem os administradores toda a colheita dos bons anos que virão, recolham cereal debaixo do poder de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. 36   Assim, o mantimento será para abastecer a terra nos sete anos da fome que haverá no Egito; para que a terra não pereça de fome.
Faraó e todos os oficiais reconheceram a voz de Deus e concordaram que ali estava o homem a quem tinham que recorrer para os salvar das trevas que estavam por vir! Viram Deus através de José. Viram que Deus estava com José e se quisessem Deus por eles, tinham que colocar José acima de TODAS as coisas! Não havia outra forma. A decisão foi aceita com unanimidade!
Gn 41.37   O conselho foi agradável a Faraó e a todos os seus oficiais. 38   Disse Faraó aos seus oficiais: Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus? 39   Depois, disse Faraó a José: Visto que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão ajuizado e sábio como tu. 40   Administrarás a minha casa, e à tua palavra obedecerá todo o meu povo; somente no trono eu serei maior do que tu.
Faraó é o instrumento de Deus para coroar José e registrar publicamente sua coroação. A nova túnica é vista por todos! José foi feito sol, e os planetas se curvaram perante ele!
Gn41.41   Disse mais Faraó a José: Vês que te faço autoridade sobre toda a terra do Egito. 42   Então, tirou Faraó o seu anel de sinete da mão e o pôs na mão de José, fê-lo vestir roupas de linho fino e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro. 43   E fê-lo subir ao seu segundo carro, e clamavam diante dele: Inclinai-vos! Desse modo, o constituiu sobre toda a terra do Egito.

O prisioneiro foi tirado de sua cela para dirigir o Egito! O caminho de José foi feito com muitas pedras lapidadas por Deus! O silêncio de Deus provou o espírito de José! A força de José não ajudou em nada a realizar os planos de Deus! Mas José sempre agiu para atender as pessoas, levando o conforto as pessoas e fazendo seu melhor, em todos os lugares por que passou!